quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Tudo ao seu tempo

Aprendi, com muito exercício de paciência, que tudo acontece na hora certa. De nada adianta tentar manipular o relógio dos acontecimentos da vida. Há tempo de plantar e tempo de colher, como diz o ditado. Mas, a hora da colheita chega. E, se não há nada para colher, mesmo depois de muito plantar, é porque o solo escolhido não era bom. O que fazer quando isso acontece? Insistir ou mudar?

Sempre fui adepta a mudanças e o medo não me paralisa, pelo contrário, me impulsiona. O que não é bom é ficar esperando por algo em que não mais se acredita. Dessa forma, a melhor coisa a se fazer é seguir em frente e mudar os planos. O máximo que pode acontecer é descobrir que existem coisas muito mais pulsantes para se viver. Nada, nem ninguém, são sinônimos de segurança. A única pessoa que pode assegurar algo na sua vida é você mesmo. Portanto, não há motivos para temer o risco.

 Outro dia li algo que me chamou a atenção. “Não tente me reduzir a definições únicas, considere sempre a minha extensa pluralidade”. Não sei ser superficial, muito menos metade. Gosto de intensidade, mesmo que seja por um instante apenas. Acredito que mais vale ter boas lembranças do que não ter vivido nada por medo de arriscar. Não basta ser útil, tem que ser essencial...


segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Dia do Solteiro, quem comemora?


Tem data específica para tudo nesse mundo. A maior parte delas é graças ao comércio, isso é fato. Para quem não sabe, no dia 15 de agosto é comemorado o Dia do Solteiro. Mas, será que alguém comemora isso? Dá para imaginar alguém entrando numa loja para escolher um presente, com grande entusiasmo, para si? Claro, é sempre um prazer se presentear. Mas, nada comparável a satisfação de uma bela surpresa vinda de alguém especial. Pois bem, dá para enumerar os vários tipos de solteiro.

Existe o solteiro por diversão. Aquele que quer aproveitar ao máximo a saída com os amigos, as baladas, as festas e, claro, variar as conquistas. È justo e válido, uma vez que se permanece solteiro para não deixar iludida a outra parte. Normalmente isso acontece na adolescência, quando tudo é um mar de possibilidades.

O solteiro convicto é aquele que nem cogita um compromisso. Tem lá seus casos, afinal, até mesmo esse necessita de um pouco de carinho. Mas, está sempre focado em outras conquistas, as profissionais na maioria das vezes. Pode até deixar passar oportunidades de um bom romance, mas prefere não alterar sua rotina e seu planejamento por conta disso. Prezam por sua individualidade.

Os tipos básicos, sem muita explicação, são escancarados: os inseguros, aqueles que nunca se comprometem por medo de escolherem errado; os indecisos, estão sempre entre duas ou mais possibilidades, e continuam solteiros a espera de “um sinal”, e acabam sendo escolhidos; os desesperados, atacam para todos os lados e não conseguem se firmar com alguém por estarem sempre pisando na bola; os assumidos, esses são leais, e deixam bem claro que fogem de compromisso, assim como o diabo foge da cruz, querem apenas colecionar números.

Talvez o pior tipo seja o solteiro canalha. Aqueles que não se preocupam com o sentimento alheio e não hesitam em mentir para conquistar. Esses parecem estar sempre em busca de afirmar seu poder de sedução. Fazem promessas, iludem. Normalmente são mais experientes, e habituados à pratica. Sabem convencer, enganam. É perceptível, para quem está de fora, a frieza dos seus atos e a articulação do seu jogo. É muito semelhante entre esses. No fundo, talvez sejam pessoas ressentidas com experiências passadas, que se fecham em copas e não conseguem projetar sucesso em novas relações. São aqueles que talvez tenham corações apaixonados batendo por eles, se aproveitam disso, e no final do dia, dormem sozinhos.

Seja lá qual for o seu tipo, o extremo nunca é bom. Pessoas são diferentes e sentimentos são mutáveis. O importante é ter a capacidade de amar e aproveitar o melhor de cada fase. E, em muitas dessas fases, é bom ser solteiro. Basta que se sinta bem com isso, que seja leal consigo e com o próximo, e que não se feche para as oportunidades que o amor proporciona.   

terça-feira, 9 de agosto de 2011

A realidade de cada um


Não existe verdade absoluta. A velha máxima aplicada no jornalismo tem por objetivo incitar o profissional a ouvir os dois lados de uma mesma história, de forma a relatar o fato da maneira mais imparcial possível, deixando as conclusões ao leitor. Tal afirmação é adequada a diversos meios e, dito isto, leva-se a crer numa gama de possibilidades. Mas, não é bem assim, uma vez que muitas pessoas tentam impor sua própria, e muitas vezes distorcida, realidade ao próximo.

Lutar por suas convicções é plausível e totalmente saudável, inclusive no ambiente corporativo, o problema é quando se tenta vender uma situação irreal, criada apenas no seu imaginário, envolvendo, ainda, outras pessoas. Antes de qualquer coisa, é preciso haver bastante reflexão para que sua realidade não interfira na do próximo, provocando assim, qualquer desconforto a ambos. Nesse caso, nada mais coerente do que apelar aos quesitos respeito e transparência.

Num país onde se prega a liberdade de expressão, a democracia e o direito de ir e vir, muitas pessoas se perdem por estarem atreladas apenas ao seu restrito imaginário. Talvez por medo de desconstruirem o seu castelo de cartas ou por receio de descobrirem que a realidade alheia é muito mais abrangente, se fecham em copas e deixam de viver outras experiências. Nada disso é regra, afinal, você pode estar feliz com sua realidade. O problema é quando essa já não lhe basta, quando se quer desprender e não consegue.

É muito fácil elencar justificativas para o descontrole causado pela pequenez do seu mundo, mais ainda para enumerar motivos que respaldem suas certezas. Nessa hora, tudo é pretexto: raça, credo, sexo, família, falta de oportunidades e de atributos, entre outros. Tão mais simples se pautar nas qualidades, nas conquistas e na alegria de viver. Tão mais prazeroso fazer amigos e compartilhar outras realidades. Tão mais brando conversar do que atacar ou ameaçar.

Toda forma de imposição acarreta em duas possibilidades: a frustrada, em que você traz a tona sua realidade e deixa notório que ela não condiz com o ambiente, deixando tudo como está; e a satisfatória, quando se consegue vender uma ideia e ela passa a fazer parte do contexto. Em ambos os casos, existem considerações a serem observadas. Na frustração, o sujeito pode se deparar com a superficialidade de sua realidade, tornando esta um fardo muito mais pesado a se carregar. Na vitoriosa, quando ela não é benéfica ao ambiente, e nem compartilhada pelos demais, pode ficar difícil encontrar meios de sustentá-la. Ainda mais num ambiente comum, em que os comportamentos são mutáveis e diferenciados. Refletindo assim, fica claro perceber o quão se precisa ser aberto a mudanças e novas experiências.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Sem que tu sabias...

De costas, indiferente. É assim o novo retrato do antigo amor. Amor que surgiu sem raíz, plantou a semente e brotou o fruto. Fruto que cresceu e tomou conta do ser, fruto de sabor doce e sutil, que embreagou a alma. Agora parece tortura, sentimento novo, sensaçao nunca vivida, atração dolorosa. Será que vai embora, passa? Será que demora, que vale a pena?

O silêncio maltrata e devora a alma, o pensamento consome dias e noites. Ah, noites! Só as lágrimas enchem a noite e consolam, só a escuridão apaga o sentimento, que renasce ao primeiro piscar de olhos. Olhos esses que nunca deveriam ter cruzado os seus, olhos do engano, da convicção. Olhos esses que agora, com a dor da realidade, enxergam o que jamais gostaria de ver: enxergam o esquecimento, o amor para outro lugar, para outros olhos. Que espero que desviem dos seus...

É assim que acaba o sentimento? É “por isso” que vale a pena lutar, por amor? Pra sofrer? Pra quê alimentar esperança vazia? É melhor deixar o sofrimento invadir a alma e disfarçá-lo com uma alta e longa gargalhada, para que seus olhos enxerguem a dúvida, a confusão. Para que não te consumas com remorço ou culpa. Para que não te escondas, e para que mesmo assim, sem o cruzar dos olhos, os meus ainda te alcances, mesmo de longe, de relance, por um instante, somente para alimentar-me, mesmo sem que tu saibas...

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Cinco anos de ausência

Lembro-me, exatamente, do momento em que o telefone tocou. Era do maldito hospital, solicitando a presença da filha. Já se passavam seis dias desde a sua internação, na véspera do Dia das Mães. E, naquela sexta-feira, 19 de maio de 2006, foi a dada a pior notícia que eu poderia receber. Ela não resistiu e partiu, me deixando sozinha. Logo eu, que sempre me achei autosuficiente, me senti sem chão, sem asas, sem rumo!

Uma dor imensurável me invadia de tal forma que pensei que fosse enlouquecer. E, naquele momento ainda me vieram falar de Deus! Que Deus é esse que ignorou minha súplica, e levou a única pessoa que me importava? Minha companheira, minha plateia, a pessoa que me amava incondicionalmente, sem pedir nada em troca. Que misericórdia é essa, desse Deus cruel, que deixava uma pessoa generosa e digna sofrer novamente com um câncer que já havia sido curado? Tudo o que eu não queria naquele momento era saber desse Deus que dilacerava meu coração!

Foram dias de cama, choro e desespero, até que a realidade batia a minha porta. A vida me cobrava reação, eu tinha que continuar! Não tinha vontade de seguir adiante, mas a faculdade e o trabalho me esperavam. Só queria ficar quieta no meu canto e não encarar a felicidade alheia. Estava destruída, minha vida virava de cabeça para baixo. Não conseguia permanecer na casa onde tudo me lembrava sua presença. Sua ausência me matava.

A família me acolheu: mudei de casa e de cidade. Os amigos me davam força. Parecia um zumbi, vivendo mecanicamente, sem vontade. Pensava em acabar com tudo, mas, me faltava coragem. A depressão se apoderou sorrateira e cruel. Mas, como dizem: nada melhor que o tempo (e um excelente psicoterapeuta)! É verdade. Não que não tenha aqueles dias mais tristes, não que a saudade não seja constante, mas os sentimentos vão se acalmando e se transformando. Hoje já consigo falar sobre o ocorrido, já consigo lembrar dela somente nos bons momentos, e não apenas nas tristes lembranças daquela data.       

segunda-feira, 2 de maio de 2011

O valor da vida

Engraçado como os valores mudam com o passar do tempo. Quando se é criança, a felicidade vem acompanhada por um simples presente, um doce ou uma tarde no parque. Na adolescência, a companhia dos amigos ou aquela festa em que os pais te deixam ficar até mais tarde se divertindo, mesmo tendo que acordar cedo para ir à escola no dia seguinte. Na fase adulta, as coisas já não são tão simplistas assim. É claro que pequenas coisas fazem brotar aquele sorriso que te lembra, de longe, aquele dado na infância. Mas, o peso da responsabilidade consegue ofuscar a prolongação dessa instantânea felicidade.

O tempo corre, e é preciso ser ágil para conciliar mil coisas ao mesmo tempo: trabalho, capacitação profissional, amor, amigos, sustento, beleza, status...

O mundo é cruel e te cobra tudo isso, mesmo que algumas dessas coisas não te façam nenhuma diferença. Com tantos requisitos para preencher, não é difícil cair nos braços da frustração e do descontentamento. Será que dá para creditar a tal felicidade em apenas um desses itens? Não, não dá! E, se esse “um” te faltar, adeus felicidade?

Porque é tão difícil encontrá-la? E, tão fácil perdê-la? Algumas pessoas preferem se manter no conformismo e “lucrar” com aquilo que vier facilmente, sem esforço e sem mérito. Há quem diga que a felicidade está no caminho e não na chegada, que não existe o pote de ouro no final do arco íris, por isso, melhor desfrutar da beleza das cores enquanto segue até seu final.

Mas, e quando o caminho não é colorido? Quando tudo que se vê é apenas o cinza da tristeza e das impossibilidades? O que fazer quando todo esforço é em vão? Seria fraqueza desistir, mesmo depois de ter tentado todas as alternativas? Seria justo julgar alguém que optou em se entregar de vez, depois que todo seu empenho não trouxe resultados? A escolha é de cada um.

terça-feira, 12 de abril de 2011

A menina que aprendeu a amar

Ela não conhecia o amor, até que conheceu um príncipe. Bem, ele não era propriamente um príncipe, mas despertava nela algo que nunca havia experimentado. Inicialmente ela fugia, não sabia lidar com esse novo sentimento. Ele a procurava, ela relutava. Ele insistia, ela tomava coragem. A menina arranjava pretextos e inventava histórias, tudo para se manter distante. Até que ela não resistiu e se entregou ao amor. Era tudo tão mágico, que ela se perguntava por que demorara tanto para descobrir algo que a fazia tão feliz. Mas, havia um problema: ele não sabia amar. Como pudera conhecer o amor com alguém assim? Ela tentou ensiná-lo, mas ele parecia ter medo. Dessa vez, ela insistia e ele relutava. A menina arranjava pretextos e inventava histórias, dessa vez, para se manter perto. Mas, a indiferença a afastava. Ela foi embora, ele nem percebeu. Ela descobriu que o amor é uma constante, mas o elemento amado pode ser uma variável.    

domingo, 20 de março de 2011

Vivendo e aprendendo

Gosto muito do texto “Um dia você aprende”, de William Shakespeare. Tão realista que se aplica em qualquer aspecto da vida, seja qual for o momento. Já o interpretei de diversas formas e toda vez que o leio, encontro um novo significado.

Vou transcrever os trechos que mais se aplicam ao meu momento atual:

Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim
E ter paciência para que a vida faça o resto”

“(...) E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso”

“(...) Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama, contudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso”

Muitas vezes, quando todas as atitudes foram tomadas, só nos cabe aceitar!

quarta-feira, 16 de março de 2011

O tempo não para!

Tudo acontece ao mesmo tempo: terremoto, tsunami, corrupção, morte, vida e outras ‘cositas’ mais. O tempo não para e tudo deve ser resolvido (ou não) ao mesmo tempo. Redundante? Pode ser, mas a real é que a vida é assim. Não dá para esperar enquanto você senta e chora! No mundo contemporâneo (e globalizado) não há espaço para lamentações. Tudo avança muito rápido e quem para, fica para trás. Então, (como disse Cazuza) “cansado de correr na direção contrária”, avancemos sem temer!  

sábado, 5 de março de 2011

Silêncio da alma

O que leva pessoas a trancarem sentimentos no espaço mais escondido da alma? Qual o motivo de tanto silêncio, de tanta repressão? Tão melhor viver a verdade, com todos os seus prós e contras!

É certo que, muitas vezes, decifrar o que se sente e aceitar encarar a realidade pode ser um longo processo, mas, somente conhecendo sua essência é possível saber o que te satisfaz, de fato.

O primeiro passo para iniciar uma nova fase é perceber o que não está bem e ter coragem para mudar. A mudança, apesar de assustadora, é o melhor impulso para fazer as coisas acontecerem.

As experiências vividas, mesmo as traumáticas, devem ser avaliadas e levadas em consideração, mas não devem ser a única forma de enxergar as coisas. Afinal, cada ser humano é único e tem uma forma de conduzir a vida. Portanto, usar sempre o mesmo exemplo para encarar os fatos e adotar a mesma postura em ocasiões diversas pode ser motivo de deixar passar grandes oportunidades na vida.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Mexe e remexe

É do ser humano essa mania de mexer e remexer até achar, por curiosidade ou apenas para provar que está certo quando fala ou desconfia. Muitas vezes, é melhor deixar as coisas como estão. Afinal, quem procura, acha! E, o ‘achado’ pode não ser assim tão agradável, ou pior, pode deixar ainda mais ‘a pulga atrás da orelha’.

Essa coisa de rede social deixou a coisa ainda pior. É certo que, muitas vezes, as informações são bem válidas. Digamos que existam vantagens e desvantagens. Com a vida exposta na rede, muitas notícias são diretas, mas, outras, são subentendidas e mal interpretadas. Qualquer vírgula vira ponto e qualquer ponto vira interrogação. A facilidade de ‘fuçar’ o alheio é tanta, que se consegue chegar a isto ou aquilo com muita propriedade. E, com isso, vêm os questionamentos e as paranóias.

O fato é que felicidade incomoda, e aí começa a busca pela pedra no caminho. Isso destrói e machuca! À vezes é preciso encarar a vida baseada na vela máxima “o que os olhos não veem, o coração não sente”. Pode ser um pensamento passional, mas e daí? As pessoas precisam entender que o importante é mexer e remexer o que se passa no interior de cada um. De que vale saber tanto da ‘vida superficial’ do outro, se não sabe o que se passa em sua própria cabeça e coração?

Digo ‘vida superficial’ porque ninguém é tão aberto a ponto de ser fiel nas redes sociais. Quero dizer, é fácil expor a parte alegre da vida: postar fotos bonitas, escrever declarações de amor e amizade, falar que faz e acontece! Mas, poucos são capazes de se mostrar na hora da dor, do sofrimento, de postar uma foto sem maquiagem, de se mostrar de cara limpa, na tristeza e na doença. Quem quer parecer fraco e triste? Ninguém!

Tente deixar de lado a curiosidade por saber o que se passa com o outro, e olhe para si. Mexa e remexa seus sentimentos, suas vontades, suas expectativas... Tenho certeza que vais descobrir coisas impressionantes...

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O cisne negro de todos nós

Assisti o filme Cisne Negro, do diretor Darren Aronofsky, e saí do cinema com uma frase na cabeça: “a única pessoa no seu caminho é você mesma”. Não vou contar a história, que, aliás, é perfeita! Não se trata de mais um clichê sobre bailarinas, o enredo vai muito além, e tende a mexer com o psicológico, de acordo com o repertório de cada indivíduo.

É engraçado se reconhecer, mesmo que em partes, num drama complexo como o que o filme retrata: medo de passar pelas mesmas frustrações dos pais; almejar o sucesso alheio; ser crítica e dura com você mesma; querer tanto determinada coisa, e acabar perdendo o controle da situação; enfim, dramas da vida real, passíveis de acontecer a qualquer pessoa.

Acredito que qualquer mudança é válida e que os paradigmas devem ser quebrados. Pensamentos e posturas são mutáveis, mas a essência do indivíduo permanece. Perfeição depende de ponto de vista. O problema é lidar com o autocontrole. Em algum momento, todo mundo se perde. Nem que seja por um segundo!


link do trailer do filme: http://www.youtube.com/watch?v=t-weIgpXS6g

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Hora da decisão

De acordo com dicionários, o conceito de decisão é “parar de cortar” ou “deixar fluir”. Teoricamente parece fácil, mas na prática a tomada de decisão engloba muito mais atitudes, que às vezes pode modificar toda uma vida. Existe uma teoria de que decidir é posicionar-se em relação ao futuro. Talvez não seja bem assim, uma vez que algumas escolhas refletem resultados imediatos. A questão é: qual é a hora certa de decidir?

É fato que os limites são diferenciados para cada pessoa, por isso a decisão deve ser pensada de forma individual, mesmo quando o resultado interfere na vida de outro indivíduo, como terminar um relacionamento ou engravidar, por exemplo. Há que se ter uma opinião formada para chegar a um consenso posterior. Escolhas não são fáceis, e até que se chegue ao ponto final, muitos pensamentos permeiam a cabeça. E é aí que começa a confusão. Nesse meio tempo, as atitudes podem levar à conclusões distorcidas, resultando em escolhas erradas.

Toda decisão reflete sobre quem você é, e não sobre o que você faz. E, quando se percebe isso, tudo muda: eventos, ocorrências e situações se transformam em oportunidades. Há quem diga que usar o poder de decisão dá a capacidade de superar qualquer justificativa para mudar toda e qualquer parte da vida num instante. Se fosse escolher entre alternativas, as decisões seriam fáceis, mas uma decisão inclui a seleção e a formulação de alternativas. A verdadeira decisão é medida pelo fato de que você tomou uma atitude. Se não houver atitude, então você realmente não decidiu.

Na prática, a tomada de decisão passa longe da racionalidade. Normalmente, as decisões são tomadas pela intuição ou com base em experiências anteriores. Por isso, há quem diga que as decisões possuem racionalidade limitada e com aceitação razoável, pois, o processo de decisão se ocupa da seleção de alternativas que mais se encaixam nos valores morais e bagagem de vida. Portanto, por mais conselhos que receba e histórias que escute, a decisão só cabe a você, afinal, é a sua vida que vai mudar. Não espere ser a alternativa de uma escolha que não seja sua. Pondere a situação e defina seu caminho. 

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

inspiração do texto "Rasgando os rótulos"

http://www.youtube.com/watch?v=P_X500l2rhQ&feature=youtu.be

Rasgando os rótulos

Imagine um produto sem rótulo. Não se sabe o sabor, a textura, os benefícios e o modo de preparo. Como desvendar esse produto? Basta experimentá-lo! A partir daí, sim, conhecendo, saberá se gosta ou não. E, mesmo que não aprove, não indica, necessariamente, que outra pessoa não possa gostar. A definição de rótulo é a seguinte: toda e qualquer informação referente a um produto que esteja transcrita em sua embalagem. É uma forma de dar alguma vida a uma embalagem.

É certo que os rótulos vieram facilitar a vida dos consumidores, mas deveriam ser limitados apenas a isso. Mas, é do ser humano rotular tudo ao seu redor, inclusive o próprio indivíduo. E, é aí que está o perigo. Como se pode rotular uma pessoa, sem nem ao menos conhecê-la? E, mesmo conhecendo, não cabe a ninguém a autoria do rótulo, a não ser à própria pessoa. Parece confuso, ainda mais quando se pensa no mundo contemporâneo, em que o rótulo é quase um cartão de visitas e funciona como marketing na área profissional. Mas, cabe a cada um se limitar, se assim o desejar.

Enfim, a reflexão surgiu a partir de um vídeo do site Youtube, chamado Etiquetas psiquiátricas de transtornos inventados. Vale a pena conferir. Nele, jovens rasgam os rótulos impostos pela sociedade, e acabam se definindo da maneira que querem se apresentar ao mundo. O vídeo é simples, mas passa uma mensagem forte, que se encaixa perfeitamente na atualidade.

O mundo é cruel quando se pensa na competição natural pela sobrevivência. Há quem vista o rótulo de competidor, e não há problema algum nisso, desde que a lealdade esteja entre os ingredientes desse produto. Na segunda-feira, dia 7, a TV Globo veiculou o filme A procura da felicidade, em que a personagem de Will Smith veste o rótulo de vencedor, e acredita na conquista de suas metas mesmo em meio a tantas adversidades. Uma cena específica se encaixa perfeitamente nessa reflexão sobre os rótulos impostos pela sociedade. Ele está numa quadra de basquete jogando com o filho, de apenas cinco anos, e convence o menino a não querer ser um atleta, porque ele até pode jogar bem, mas está na média. Quando a criança, frustrada, guarda a bola e desiste do jogo, o pai entra em ação e ensina o filho a não deixar que ninguém, nem mesmo ele, destrua os seus sonhos, por mais impossíveis que pareçam. E, nesse lema, o pai de família, que nem mesmo tem onde dormir, persiste na sua busca pela felicidade.

Parece fácil na teoria, mas o filme retrata uma história verídica. É um belo exemplo para quem costuma transformar pequenas adversidades em monstros destruidores de sonhos. Tente rasgar o rótulo que um dia te impuseram e você acabou carregando como se fosse seu. Tente enxergar a vida de maneira mais amena e seguir um passo de cada vez, logo você perceberá que está correndo, e que tem mais fôlego do que imaginava