segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Dia do Solteiro, quem comemora?


Tem data específica para tudo nesse mundo. A maior parte delas é graças ao comércio, isso é fato. Para quem não sabe, no dia 15 de agosto é comemorado o Dia do Solteiro. Mas, será que alguém comemora isso? Dá para imaginar alguém entrando numa loja para escolher um presente, com grande entusiasmo, para si? Claro, é sempre um prazer se presentear. Mas, nada comparável a satisfação de uma bela surpresa vinda de alguém especial. Pois bem, dá para enumerar os vários tipos de solteiro.

Existe o solteiro por diversão. Aquele que quer aproveitar ao máximo a saída com os amigos, as baladas, as festas e, claro, variar as conquistas. È justo e válido, uma vez que se permanece solteiro para não deixar iludida a outra parte. Normalmente isso acontece na adolescência, quando tudo é um mar de possibilidades.

O solteiro convicto é aquele que nem cogita um compromisso. Tem lá seus casos, afinal, até mesmo esse necessita de um pouco de carinho. Mas, está sempre focado em outras conquistas, as profissionais na maioria das vezes. Pode até deixar passar oportunidades de um bom romance, mas prefere não alterar sua rotina e seu planejamento por conta disso. Prezam por sua individualidade.

Os tipos básicos, sem muita explicação, são escancarados: os inseguros, aqueles que nunca se comprometem por medo de escolherem errado; os indecisos, estão sempre entre duas ou mais possibilidades, e continuam solteiros a espera de “um sinal”, e acabam sendo escolhidos; os desesperados, atacam para todos os lados e não conseguem se firmar com alguém por estarem sempre pisando na bola; os assumidos, esses são leais, e deixam bem claro que fogem de compromisso, assim como o diabo foge da cruz, querem apenas colecionar números.

Talvez o pior tipo seja o solteiro canalha. Aqueles que não se preocupam com o sentimento alheio e não hesitam em mentir para conquistar. Esses parecem estar sempre em busca de afirmar seu poder de sedução. Fazem promessas, iludem. Normalmente são mais experientes, e habituados à pratica. Sabem convencer, enganam. É perceptível, para quem está de fora, a frieza dos seus atos e a articulação do seu jogo. É muito semelhante entre esses. No fundo, talvez sejam pessoas ressentidas com experiências passadas, que se fecham em copas e não conseguem projetar sucesso em novas relações. São aqueles que talvez tenham corações apaixonados batendo por eles, se aproveitam disso, e no final do dia, dormem sozinhos.

Seja lá qual for o seu tipo, o extremo nunca é bom. Pessoas são diferentes e sentimentos são mutáveis. O importante é ter a capacidade de amar e aproveitar o melhor de cada fase. E, em muitas dessas fases, é bom ser solteiro. Basta que se sinta bem com isso, que seja leal consigo e com o próximo, e que não se feche para as oportunidades que o amor proporciona.   

terça-feira, 9 de agosto de 2011

A realidade de cada um


Não existe verdade absoluta. A velha máxima aplicada no jornalismo tem por objetivo incitar o profissional a ouvir os dois lados de uma mesma história, de forma a relatar o fato da maneira mais imparcial possível, deixando as conclusões ao leitor. Tal afirmação é adequada a diversos meios e, dito isto, leva-se a crer numa gama de possibilidades. Mas, não é bem assim, uma vez que muitas pessoas tentam impor sua própria, e muitas vezes distorcida, realidade ao próximo.

Lutar por suas convicções é plausível e totalmente saudável, inclusive no ambiente corporativo, o problema é quando se tenta vender uma situação irreal, criada apenas no seu imaginário, envolvendo, ainda, outras pessoas. Antes de qualquer coisa, é preciso haver bastante reflexão para que sua realidade não interfira na do próximo, provocando assim, qualquer desconforto a ambos. Nesse caso, nada mais coerente do que apelar aos quesitos respeito e transparência.

Num país onde se prega a liberdade de expressão, a democracia e o direito de ir e vir, muitas pessoas se perdem por estarem atreladas apenas ao seu restrito imaginário. Talvez por medo de desconstruirem o seu castelo de cartas ou por receio de descobrirem que a realidade alheia é muito mais abrangente, se fecham em copas e deixam de viver outras experiências. Nada disso é regra, afinal, você pode estar feliz com sua realidade. O problema é quando essa já não lhe basta, quando se quer desprender e não consegue.

É muito fácil elencar justificativas para o descontrole causado pela pequenez do seu mundo, mais ainda para enumerar motivos que respaldem suas certezas. Nessa hora, tudo é pretexto: raça, credo, sexo, família, falta de oportunidades e de atributos, entre outros. Tão mais simples se pautar nas qualidades, nas conquistas e na alegria de viver. Tão mais prazeroso fazer amigos e compartilhar outras realidades. Tão mais brando conversar do que atacar ou ameaçar.

Toda forma de imposição acarreta em duas possibilidades: a frustrada, em que você traz a tona sua realidade e deixa notório que ela não condiz com o ambiente, deixando tudo como está; e a satisfatória, quando se consegue vender uma ideia e ela passa a fazer parte do contexto. Em ambos os casos, existem considerações a serem observadas. Na frustração, o sujeito pode se deparar com a superficialidade de sua realidade, tornando esta um fardo muito mais pesado a se carregar. Na vitoriosa, quando ela não é benéfica ao ambiente, e nem compartilhada pelos demais, pode ficar difícil encontrar meios de sustentá-la. Ainda mais num ambiente comum, em que os comportamentos são mutáveis e diferenciados. Refletindo assim, fica claro perceber o quão se precisa ser aberto a mudanças e novas experiências.