Não existe verdade absoluta. A velha máxima aplicada no jornalismo tem por objetivo incitar o profissional a ouvir os dois lados de uma mesma história, de forma a relatar o fato da maneira mais imparcial possível, deixando as conclusões ao leitor. Tal afirmação é adequada a diversos meios e, dito isto, leva-se a crer numa gama de possibilidades. Mas, não é bem assim, uma vez que muitas pessoas tentam impor sua própria, e muitas vezes distorcida, realidade ao próximo.
Lutar por suas convicções é plausível e totalmente saudável, inclusive no ambiente corporativo, o problema é quando se tenta vender uma situação irreal, criada apenas no seu imaginário, envolvendo, ainda, outras pessoas. Antes de qualquer coisa, é preciso haver bastante reflexão para que sua realidade não interfira na do próximo, provocando assim, qualquer desconforto a ambos. Nesse caso, nada mais coerente do que apelar aos quesitos respeito e transparência.
Num país onde se prega a liberdade de expressão, a democracia e o direito de ir e vir, muitas pessoas se perdem por estarem atreladas apenas ao seu restrito imaginário. Talvez por medo de desconstruirem o seu castelo de cartas ou por receio de descobrirem que a realidade alheia é muito mais abrangente, se fecham em copas e deixam de viver outras experiências. Nada disso é regra, afinal, você pode estar feliz com sua realidade. O problema é quando essa já não lhe basta, quando se quer desprender e não consegue.
É muito fácil elencar justificativas para o descontrole causado pela pequenez do seu mundo, mais ainda para enumerar motivos que respaldem suas certezas. Nessa hora, tudo é pretexto: raça, credo, sexo, família, falta de oportunidades e de atributos, entre outros. Tão mais simples se pautar nas qualidades, nas conquistas e na alegria de viver. Tão mais prazeroso fazer amigos e compartilhar outras realidades. Tão mais brando conversar do que atacar ou ameaçar.
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