quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Mexe e remexe

É do ser humano essa mania de mexer e remexer até achar, por curiosidade ou apenas para provar que está certo quando fala ou desconfia. Muitas vezes, é melhor deixar as coisas como estão. Afinal, quem procura, acha! E, o ‘achado’ pode não ser assim tão agradável, ou pior, pode deixar ainda mais ‘a pulga atrás da orelha’.

Essa coisa de rede social deixou a coisa ainda pior. É certo que, muitas vezes, as informações são bem válidas. Digamos que existam vantagens e desvantagens. Com a vida exposta na rede, muitas notícias são diretas, mas, outras, são subentendidas e mal interpretadas. Qualquer vírgula vira ponto e qualquer ponto vira interrogação. A facilidade de ‘fuçar’ o alheio é tanta, que se consegue chegar a isto ou aquilo com muita propriedade. E, com isso, vêm os questionamentos e as paranóias.

O fato é que felicidade incomoda, e aí começa a busca pela pedra no caminho. Isso destrói e machuca! À vezes é preciso encarar a vida baseada na vela máxima “o que os olhos não veem, o coração não sente”. Pode ser um pensamento passional, mas e daí? As pessoas precisam entender que o importante é mexer e remexer o que se passa no interior de cada um. De que vale saber tanto da ‘vida superficial’ do outro, se não sabe o que se passa em sua própria cabeça e coração?

Digo ‘vida superficial’ porque ninguém é tão aberto a ponto de ser fiel nas redes sociais. Quero dizer, é fácil expor a parte alegre da vida: postar fotos bonitas, escrever declarações de amor e amizade, falar que faz e acontece! Mas, poucos são capazes de se mostrar na hora da dor, do sofrimento, de postar uma foto sem maquiagem, de se mostrar de cara limpa, na tristeza e na doença. Quem quer parecer fraco e triste? Ninguém!

Tente deixar de lado a curiosidade por saber o que se passa com o outro, e olhe para si. Mexa e remexa seus sentimentos, suas vontades, suas expectativas... Tenho certeza que vais descobrir coisas impressionantes...

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O cisne negro de todos nós

Assisti o filme Cisne Negro, do diretor Darren Aronofsky, e saí do cinema com uma frase na cabeça: “a única pessoa no seu caminho é você mesma”. Não vou contar a história, que, aliás, é perfeita! Não se trata de mais um clichê sobre bailarinas, o enredo vai muito além, e tende a mexer com o psicológico, de acordo com o repertório de cada indivíduo.

É engraçado se reconhecer, mesmo que em partes, num drama complexo como o que o filme retrata: medo de passar pelas mesmas frustrações dos pais; almejar o sucesso alheio; ser crítica e dura com você mesma; querer tanto determinada coisa, e acabar perdendo o controle da situação; enfim, dramas da vida real, passíveis de acontecer a qualquer pessoa.

Acredito que qualquer mudança é válida e que os paradigmas devem ser quebrados. Pensamentos e posturas são mutáveis, mas a essência do indivíduo permanece. Perfeição depende de ponto de vista. O problema é lidar com o autocontrole. Em algum momento, todo mundo se perde. Nem que seja por um segundo!


link do trailer do filme: http://www.youtube.com/watch?v=t-weIgpXS6g

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Hora da decisão

De acordo com dicionários, o conceito de decisão é “parar de cortar” ou “deixar fluir”. Teoricamente parece fácil, mas na prática a tomada de decisão engloba muito mais atitudes, que às vezes pode modificar toda uma vida. Existe uma teoria de que decidir é posicionar-se em relação ao futuro. Talvez não seja bem assim, uma vez que algumas escolhas refletem resultados imediatos. A questão é: qual é a hora certa de decidir?

É fato que os limites são diferenciados para cada pessoa, por isso a decisão deve ser pensada de forma individual, mesmo quando o resultado interfere na vida de outro indivíduo, como terminar um relacionamento ou engravidar, por exemplo. Há que se ter uma opinião formada para chegar a um consenso posterior. Escolhas não são fáceis, e até que se chegue ao ponto final, muitos pensamentos permeiam a cabeça. E é aí que começa a confusão. Nesse meio tempo, as atitudes podem levar à conclusões distorcidas, resultando em escolhas erradas.

Toda decisão reflete sobre quem você é, e não sobre o que você faz. E, quando se percebe isso, tudo muda: eventos, ocorrências e situações se transformam em oportunidades. Há quem diga que usar o poder de decisão dá a capacidade de superar qualquer justificativa para mudar toda e qualquer parte da vida num instante. Se fosse escolher entre alternativas, as decisões seriam fáceis, mas uma decisão inclui a seleção e a formulação de alternativas. A verdadeira decisão é medida pelo fato de que você tomou uma atitude. Se não houver atitude, então você realmente não decidiu.

Na prática, a tomada de decisão passa longe da racionalidade. Normalmente, as decisões são tomadas pela intuição ou com base em experiências anteriores. Por isso, há quem diga que as decisões possuem racionalidade limitada e com aceitação razoável, pois, o processo de decisão se ocupa da seleção de alternativas que mais se encaixam nos valores morais e bagagem de vida. Portanto, por mais conselhos que receba e histórias que escute, a decisão só cabe a você, afinal, é a sua vida que vai mudar. Não espere ser a alternativa de uma escolha que não seja sua. Pondere a situação e defina seu caminho. 

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

inspiração do texto "Rasgando os rótulos"

http://www.youtube.com/watch?v=P_X500l2rhQ&feature=youtu.be

Rasgando os rótulos

Imagine um produto sem rótulo. Não se sabe o sabor, a textura, os benefícios e o modo de preparo. Como desvendar esse produto? Basta experimentá-lo! A partir daí, sim, conhecendo, saberá se gosta ou não. E, mesmo que não aprove, não indica, necessariamente, que outra pessoa não possa gostar. A definição de rótulo é a seguinte: toda e qualquer informação referente a um produto que esteja transcrita em sua embalagem. É uma forma de dar alguma vida a uma embalagem.

É certo que os rótulos vieram facilitar a vida dos consumidores, mas deveriam ser limitados apenas a isso. Mas, é do ser humano rotular tudo ao seu redor, inclusive o próprio indivíduo. E, é aí que está o perigo. Como se pode rotular uma pessoa, sem nem ao menos conhecê-la? E, mesmo conhecendo, não cabe a ninguém a autoria do rótulo, a não ser à própria pessoa. Parece confuso, ainda mais quando se pensa no mundo contemporâneo, em que o rótulo é quase um cartão de visitas e funciona como marketing na área profissional. Mas, cabe a cada um se limitar, se assim o desejar.

Enfim, a reflexão surgiu a partir de um vídeo do site Youtube, chamado Etiquetas psiquiátricas de transtornos inventados. Vale a pena conferir. Nele, jovens rasgam os rótulos impostos pela sociedade, e acabam se definindo da maneira que querem se apresentar ao mundo. O vídeo é simples, mas passa uma mensagem forte, que se encaixa perfeitamente na atualidade.

O mundo é cruel quando se pensa na competição natural pela sobrevivência. Há quem vista o rótulo de competidor, e não há problema algum nisso, desde que a lealdade esteja entre os ingredientes desse produto. Na segunda-feira, dia 7, a TV Globo veiculou o filme A procura da felicidade, em que a personagem de Will Smith veste o rótulo de vencedor, e acredita na conquista de suas metas mesmo em meio a tantas adversidades. Uma cena específica se encaixa perfeitamente nessa reflexão sobre os rótulos impostos pela sociedade. Ele está numa quadra de basquete jogando com o filho, de apenas cinco anos, e convence o menino a não querer ser um atleta, porque ele até pode jogar bem, mas está na média. Quando a criança, frustrada, guarda a bola e desiste do jogo, o pai entra em ação e ensina o filho a não deixar que ninguém, nem mesmo ele, destrua os seus sonhos, por mais impossíveis que pareçam. E, nesse lema, o pai de família, que nem mesmo tem onde dormir, persiste na sua busca pela felicidade.

Parece fácil na teoria, mas o filme retrata uma história verídica. É um belo exemplo para quem costuma transformar pequenas adversidades em monstros destruidores de sonhos. Tente rasgar o rótulo que um dia te impuseram e você acabou carregando como se fosse seu. Tente enxergar a vida de maneira mais amena e seguir um passo de cada vez, logo você perceberá que está correndo, e que tem mais fôlego do que imaginava