É do ser humano essa mania de mexer e remexer até achar, por curiosidade ou apenas para provar que está certo quando fala ou desconfia. Muitas vezes, é melhor deixar as coisas como estão. Afinal, quem procura, acha! E, o ‘achado’ pode não ser assim tão agradável, ou pior, pode deixar ainda mais ‘a pulga atrás da orelha’.
Essa coisa de rede social deixou a coisa ainda pior. É certo que, muitas vezes, as informações são bem válidas. Digamos que existam vantagens e desvantagens. Com a vida exposta na rede, muitas notícias são diretas, mas, outras, são subentendidas e mal interpretadas. Qualquer vírgula vira ponto e qualquer ponto vira interrogação. A facilidade de ‘fuçar’ o alheio é tanta, que se consegue chegar a isto ou aquilo com muita propriedade. E, com isso, vêm os questionamentos e as paranóias.
O fato é que felicidade incomoda, e aí começa a busca pela pedra no caminho. Isso destrói e machuca! À vezes é preciso encarar a vida baseada na vela máxima “o que os olhos não veem, o coração não sente”. Pode ser um pensamento passional, mas e daí? As pessoas precisam entender que o importante é mexer e remexer o que se passa no interior de cada um. De que vale saber tanto da ‘vida superficial’ do outro, se não sabe o que se passa em sua própria cabeça e coração?
Digo ‘vida superficial’ porque ninguém é tão aberto a ponto de ser fiel nas redes sociais. Quero dizer, é fácil expor a parte alegre da vida: postar fotos bonitas, escrever declarações de amor e amizade, falar que faz e acontece! Mas, poucos são capazes de se mostrar na hora da dor, do sofrimento, de postar uma foto sem maquiagem, de se mostrar de cara limpa, na tristeza e na doença. Quem quer parecer fraco e triste? Ninguém!
Tente deixar de lado a curiosidade por saber o que se passa com o outro, e olhe para si. Mexa e remexa seus sentimentos, suas vontades, suas expectativas... Tenho certeza que vais descobrir coisas impressionantes...