terça-feira, 12 de abril de 2011

A menina que aprendeu a amar

Ela não conhecia o amor, até que conheceu um príncipe. Bem, ele não era propriamente um príncipe, mas despertava nela algo que nunca havia experimentado. Inicialmente ela fugia, não sabia lidar com esse novo sentimento. Ele a procurava, ela relutava. Ele insistia, ela tomava coragem. A menina arranjava pretextos e inventava histórias, tudo para se manter distante. Até que ela não resistiu e se entregou ao amor. Era tudo tão mágico, que ela se perguntava por que demorara tanto para descobrir algo que a fazia tão feliz. Mas, havia um problema: ele não sabia amar. Como pudera conhecer o amor com alguém assim? Ela tentou ensiná-lo, mas ele parecia ter medo. Dessa vez, ela insistia e ele relutava. A menina arranjava pretextos e inventava histórias, dessa vez, para se manter perto. Mas, a indiferença a afastava. Ela foi embora, ele nem percebeu. Ela descobriu que o amor é uma constante, mas o elemento amado pode ser uma variável.    

6 comentários:

  1. Nossa! Nem sempre o amor é do jeito e no momento que queremos, mas o que importa é vivermos esse sentimento tão intenso para a vida ter sentido.
    Se a menina não tivesse arriscado, não teria jamais conhecido a capacidade máxima do seu coração.
    Agora, é preciso buscar algo novo, um novo amor, um novo caminho, um novo príncipe. Talvez o amor não seja igual, mas existem várias formas de amar e todas valem a pena.
    Arrisque-se menina/princesa/amada

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  2. Espetáculo de texto. Lirismo puro e as subliminares transbordam aí com brilhantismo!!

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  3. Lindo Vi...parabéns por falar a real...rs

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  4. Ai... o amor é uma constante, mas o amado é a variável...perfeito irmã!
    Talvez o príncipe possa vir a perceber que deixou passar algo muito importante. Ou, talvez, seja orgulhoso demais para se dar conta disso...
    Enquanto isso, no Reino Encantado, a princesa segue o seu caminho, não menos emocionante, apenas diferente....

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  5. Lindo texto!
    Abrir a porta do coração é isso: alguém entra, senta-se no sofá, mas às vezes se retira antes mesmo do cafezinho. É a consequência de se permitir. Agora é fechar a porta, reorganizar a sala e se preparar para abri-la novamente, para receber outra visita!

    Beijoo!

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  6. O que parece mais importante hoje em dia não é o amor em si, mas a conquista do novo. E quando se conquista deixa de ser novo, e daí vem a necessidade de conquista novamente, o que causa essa incessante busca. O amor que escorre pelas mãos antes mesmo de nos pertencer...

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