Um crime bárbaro e ainda sem conclusão investigativa vem
mexendo com o País desde segunda-feira, dia 5. Segundo a Polícia, um menino de
13 anos teria matado pai, mãe, avó e tia, dirigido o carro da família até a
escola, participado de todas as aulas, voltado para casa e se suicidado. Por
mais que casos raros como esse já tenham acontecido em outros países e sabendo
que existem sim muitos adolescentes criminosos à solta por aí, é duro aceitar
que um menino caracterizado por familiares e professores como calmo, amoroso e
tranquilo tenha sido capaz de tal atrocidade.
A Polícia diz que o caso não está concluído e segue com as
investigações, mas desde o primeiro momento defende a tese de que o menino é o
principal suspeito do crime. Um vídeo do garoto saindo do carro da família, que
permaneceu estacionado próximo à escola até ser encontrado pela Polícia; o
depoimento de um amigo de classe afirmando que o menino já teria manifestado
vontade de matar os pais, fugir de casa e ser matador de aluguel; além de
outros indícios foram o bastante para a Polícia definir a linha de
investigação.
A família não acredita que pai e mãe, policiais da ROTA
devidamente treinados, tenham se deixado dominar por um menino de 13 anos, que
sofria de fibrose cística. Apesar de uma testemunha afirmar que o garoto sabia
atirar a partir de aulas adquiridas com o próprio pai e que também sabia
dirigir, também influenciado pelos pais, a perícia aponta que cada vítima foi
morta com um tiro de pistola .40 certeiro na cabeça. Por mais que o menino
soubesse atirar, seria tão frio a ponto de não desperdiçar nenhuma bala, mesmo
com a tensão de matar toda a família?
O fato de não ter sido encontrado resíduo de pólvora na mão
do menino é outro ponto questionável. Mas, a Polícia afirma que a
característica da pistola .40 torna isso possível. Estranha-se, ainda, que um
par de luvas tenha sido encontrado somente um dia depois no carro que teria
sido dirigido pelo menino. Seria isso para justificar a falta de pólvora?
Outro ponto desencontrado na história foi o depoimento do
chefe da policial morta. Primeiro, ele afirmou que a cabo Andréia havia ajudado
em investigações que incriminariam colegas policiais. Tal declaração deixaria
margem para crer que a morte da família pudesse ser retaliação. Mas, no dia
seguinte, o coronel voltou atrás, se contradizendo. A corporação garante que
não existem registros oficiais de investigação ou denúncias citadas pelo
coronel.
O menino está morto, não tem como se defender e contestar a
linha de investigação da Polícia. O delegado responsável pelo caso garante que
não há o que esconder e que tudo está sendo feito com transparência para dar
respostas à família das vítimas. Ainda há depoimentos para serem colhidos e
perícias para serem realizadas. Enquanto isso, nos restam dúvidas e
perplexidade.
Muito boa sua visão sobre o caso. Meus Parabéns
ResponderExcluirObrigada. Esse assunto ainda vai render bastante...
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